sexta-feira, janeiro 26, 2007


Estamos vivos,presos na voz rouca do tempo.
Náufragos e pétricos,
ainda brincamos à beira do rio de esquecimento.

A memória, senhora da história,
nos observa
guardando em seu colo confuso
todos os nossos sonhos.

As lembranças ensaiam musgos
ao anoitecer de tudo.

Não há morte
Há outro modo de existir.





Já não me surpreendo com a maldade
da maioria dos humanos.

Me surpreendo com a bondade!"



quinta-feira, janeiro 25, 2007


O mundo gira
eu paro
Fico suspenso
fora do tempo/espaço

As coisas giram
por sobre o mundo

Eu, estático

Vejo o tempo
vejo o mundo
vejo o giro

Ainda enxergo
Se girar
morro

Parando
sigo

terça-feira, janeiro 23, 2007


Quem saberá
da luz
seu caminho passado
seu percursso futuro?

Dissipará sombras
por onde ir.

E eu quero
um sol de devaneios
Um vento soprará
nossas sombras
e nossos corpos
de decomporão em luz

Liberdade por dentro da gente


sexta-feira, janeiro 19, 2007


Democracia

Quero o Direito de desistir
De mim mesmo
De você
Do mundo

E recomeçar a ensaiar
Alguma esperança
Quando acordar o dia






Patologia Urbana
A Frebre do Ouro
Cegou-te tanto
Que nem a Ti mesmo
Consegues ver.
Que se dirá
do Outro!






Cada gota
Cai outra
Dos olhos
Ou das nuvens
Quem souber
Assim vê-las
Sempre haverá
De re-nascer!
(foto: Kaibers)

quarta-feira, janeiro 03, 2007


No meio da rua
Uma imagem minha
E uma passagem tua

Um sonho previsível
Um riso irrisível
Um pesar indizível

Estrela de-cadente
Ilusão evidente
Na contramão


Um meio de a rua
Me dar-te
Alheio