foto: praça do Country_ Cascavel -PR (Kaibers)Desfez-se em vento o que eu segurava tanto e agarrava com as mãos
Diluíu-se no sopro sonoro de uma palavra tua
Minha casa meu corpo e minha boca
E o silencio que restou, me abraçando, acolheu-me em suas asas Fez tudo dormir
...
...
Minhas mãos
nas tuas mãos
São folhas vivas
são vãos
Por onde escorrem
chãos
Por onde ecoam
sons
Da minha
breve e inaudível
música
Mãos
ãos
Mãos
...
...
O asco um bom whisk resolve. Dilui. Dissolve.
E o resto? E o rastro? E o risco?
E a linha fraca o frágil cordão que separa o "tudo" do "nada"?
Corda bamba onde cada um a seu modo, a seu medo estira seus sentidos direção
Seres cósmicos, cômicos, entristecidos
De letal estranheza imbuídos andando firmes acreditam-se sóbrios sobre a linha lírica e fina linha
Qual linha?
E a substãncia excêntrica e metafórica das coisas dissolve-se num copo
Seu gosto virtual latitudinal virginal
Visceras vasos sanguíneos flores de glóbulos campos de células reações
E o homem Só!
É só
...
foto: praça do Country_ Cascavel -PR (Kaibers)
Eu transbordaria num sorriso Se te encontrasse agora, novamente, entre estes pinheiros que rezam alguma contemplação humilde.
Rezamos sempre com todas as coisas.
Ver teus olhos Entre os verdes deste oceano de vida descobrindo-se ao ritmo dos ventos
Mas te ver é mais que te ver somente. É também lembrar de um silêncio que há muito cultivo.
Jardim de pedras
Ao te ver, amor Não me perco. Não te perco.
Ver-te é a memória permanente do que ainda busco.
E Buscar, antes de Encontrar, é também uma alegria calma. E por calma, serena. E por serena, inteira. Vibrante. Sonante.
É.
Ver-te, ao fim, seria o mesmo que não te ver. E não te ver seria o mesmo que te ver. Pois os dois são um vento no rosto em um dia quente. Como a força Vital a construir e desconstruir Sempre. Outra e outra vez.