segunda-feira, dezembro 04, 2006


Alimento

Vem existência, poesia...
E alimenta minha alma,
Mesmo que por um átimo de segundo
Mesmo que venha eu depois a desfalecer
Como os infinitos mortais deste finito mundo

Tua voz, por vezes me parece
Dar voltas e giros sem se conter
Como que de alegria e tristeza
Igual ao de um distante olhar
Logo inconstante a trilhar
O caminho do perder

Vem poesia
Vem me iludir com teu vinho
Já que louco estou mesmo sem embriagues
Que tua boca-essência me permeie
Essa dor que me mutila, minha insensatez

Vem, e nos juntaremos como num deixar.
Vem, e cearemos com os mortos do mar.
Vem, e cantaremos até o sol acordar,
E me acordar, e te matar.

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