segunda-feira, dezembro 04, 2006



Morra comigo amor

Morra comigo amor.
Ao menos esta noite tão fria e tão crua.
Morra no meu beijo que não tem fundo,
Que não tem mundo e quase finge não ter medo.
Rouba meus últimos segundos de absurdo,
Meu grito surdo, meu gosto suave, meus becos,
Submundos de estrelas e constelações opacas,
Difusas, confusas.
Morra comigo, pelo menos agora, meu invisível amor.
Não me deixe morrer sozinho nesta cama,
Nem morra sozinho entre teus amigos,
Morra com quem te ama!
Que se não morrermos por conta,
Alguém nos matará.
O mundo é violência,
Tenhamos ao menos a decência
De morrer de amor.

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