...
Não me julgue pelo que falo
Nem julgue o que sai da minha boca
Tudo isso é palco
Tudo isso é pouco
É tudo solto
É só meu modo de te crer
Só meu medo de te ver
Meu meio de te ter
Dentro desse oco do discurso
Há uma infinidade de coisas indo, vindo
Incontáveis momentos de encanto
Que eu não sei descrever
Que não consigo dizer
Mas sinta minhas veias:
Pulsam
E as tuas também
Estão correndo
Ao toque sutil dos dedos
As células ecoam e
Vibram
Saboreiam
Desfrutam
É meu carnal bouquê
Sendo-te oferecido
Em doce sacrifício
Devora-o com teus dentes
Sem receio
E despedaça esse disfarce
Forjado
E corroído
Esse pesado traje
Chamado Eu, chamado Você
Chamado nós
Chamado texto
...
2 comentários:
Quando um novo poema surge, a saudade reduz, até o término da leitura, e relemos seu texto e assim continuamos querendo mais do poeta e dos seus poemas...
Arte e sexo.
Sexo é arte?
Arte é sexo!
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