segunda-feira, dezembro 18, 2006



Bate o sino
Bate a sina
Sina pequenina
Sina de alguém

Já nasceu
Deus-menina
Já mendiga nas esquinas
Já procura por alguém


Já nascemos
Já morremos
Sina que nos vem!

Paz na guerra
Pede a sina
Para o bem de quem?

Abençoe
Deus-menina
Esse nosso Aquém
!

quarta-feira, dezembro 13, 2006


Des-encontros

No mundo-desencontro
Te encontro
E para meu (filosófico?) espanto
Ao teu encontro
Desencontro-me de mim mesmo.

Ao teu encontro me perco
E perco o encontro (à esmo).
Não perco, porém, o medo
De encontrar o teu beijo
E nele, novamente,
A mim mesmo.

No mundo-desencontro
Te encontro e me perco.
No mundo-desencanto
Canto o desalento
De saber-me encantado
Com teus encantos,
E ver-me fascinado
Ao teu encontro.

No mundo-desencontro
O encontro de dois mundos.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

....




...

Não tem mais volta
Pra quem ja foi
No Mar de sonho

Não tem mais cais
Pra quem navega
No mar de buscar paz

Não me peça pra ser forte
Pois não sei,
Minha força é a minha fraqueza

Pois a força destrói
O que ainda há de beleza.

.


Morra comigo amor

Morra comigo amor.
Ao menos esta noite tão fria e tão crua.
Morra no meu beijo que não tem fundo,
Que não tem mundo e quase finge não ter medo.
Rouba meus últimos segundos de absurdo,
Meu grito surdo, meu gosto suave, meus becos,
Submundos de estrelas e constelações opacas,
Difusas, confusas.
Morra comigo, pelo menos agora, meu invisível amor.
Não me deixe morrer sozinho nesta cama,
Nem morra sozinho entre teus amigos,
Morra com quem te ama!
Que se não morrermos por conta,
Alguém nos matará.
O mundo é violência,
Tenhamos ao menos a decência
De morrer de amor.

Alimento

Vem existência, poesia...
E alimenta minha alma,
Mesmo que por um átimo de segundo
Mesmo que venha eu depois a desfalecer
Como os infinitos mortais deste finito mundo

Tua voz, por vezes me parece
Dar voltas e giros sem se conter
Como que de alegria e tristeza
Igual ao de um distante olhar
Logo inconstante a trilhar
O caminho do perder

Vem poesia
Vem me iludir com teu vinho
Já que louco estou mesmo sem embriagues
Que tua boca-essência me permeie
Essa dor que me mutila, minha insensatez

Vem, e nos juntaremos como num deixar.
Vem, e cearemos com os mortos do mar.
Vem, e cantaremos até o sol acordar,
E me acordar, e te matar.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Ode





















Quando eu era jovem
Tinha muitos sonhos.
Agora,
Muitas lembranças.
E lembranças
Não são sonhos
De um velho?


...

quinta-feira, novembro 30, 2006

Segredo do Beijo!



...

O segredo do bom beijo
é beijar com a mesma inocência
do primeiro
e o desespero do último

...

terça-feira, novembro 28, 2006

.








Entre o eterno e o efêmero
entre o certo e o errado
entre o belo e o feio
oscila uma fagulha de luz opaca:
NÓS!...
.



...
Para que meus dias passem
e não sejam apenas passageiros,
planto girassóis que nascem
para além do tempo....

Poesia(?)





Um mar de luas
Um sol de nuvens
Um fogo frio
Um corpo flutuante
no espaço aberto...

Esse sou eu
vendo, distante,
tua imagem transparente e flúida
sumindo de mim....

...



...

Mis ojos eran un silencio nuevo
en el espacio abierto


Y em ti
otra vida
ecoava

En mis labios
un poema privado
desatado
le esperó


Y mi historia
cansada en de la distancia
tuviera otra voluntad
de volver al mundo

...

 

quinta-feira, novembro 23, 2006

...

A minha espera
a minha demora
meu esquecimento
e minha memória


Os meus recuos
as minhas investidas
meu corpo nu
ou minha alma
vestida

Nada disso Sou eu
Porque estou muito além
daquilo que os frágeis olhos vêem:


Luz breve e finita


kaibers

CEIA



...

Dia sim
dia não
tem pedra
tem pão
na mesa
do meu
coração

...

Vida Breve...


Breve são os dias
Breves as horas
Breves as brisas
que espalham sonhos
e suavizam linhas
Breve eu, breve tu
Breve e brava
Pluma ou brasa
Vida pouca
Vida outra
Vida nossa
Vida!









....